sábado, 19 de novembro de 2016

Estádios de Desenvolvimento - Jean Piaget



Estádios de desenvolvimento e construção do pensamento segundo Piaget

A inteligência é um produto da atividade da criança com o meio e a sua construção envolve um caminho único para todos os seres humanos, em qualquer momento histórico, de acordo com Piaget, segundo Dolle (2005), Kamii (2003), Lourenço (2002), Piaget e Inhelder (1997). 
O desenvolvimento percorre quatro estádios sendo a sua ordem de sucessão de aquisições sempre constante. Para o mesmo autor, o desenvolvimento percorre a seguinte ordem: 

• Estádio Sensório – Motor (0-2 anos) 
• Estádio Pré-Operatório (2-7 anos)   
• Estádio Operações Concretas (7-12 anos)
• Estádio da Inteligência Formal (a partir dos 12 anos)

Esta ordem não pode ser invertida nem alternada pois, cada estádio possui uma estrutura que o caracteriza e que se torna parte integrante do estádio seguinte.
Nos estádios sensório motor e pré-operatório, a construção do conhecimento é feita através do jogo. Nestes estádios, o conhecimento físico e o conhecimento lógico-matemático estão indiferenciados mas, o aspeto físico é mais dominante, uma vez que, a criança é influenciada pela perceção e aspeto físico da realidade.

No entanto, a dissociação entre os aspetos físicos e os aspetos lógicomatemáticos inicia-se no estádio operações concretas em que, as estruturas lógicomatemáticas se tornam, gradualmente, a base de todo o conhecimento construído em que, os novos dados dos objetos são encaixados nas estruturas existentes. A partir daí, a criança começa a compreender e a organizar o seu mundo através dessa base, diminuindo a ação exercida sobre os objetos. Ainda no estádio referido surge a reversibilidade do pensamento, isto é, é possível à criança avançar e recuar pois, o pensamento torna-se mais maleável embora, se mantenha, ligado ao concreto. Nesta fase, a criança tem a capacidade de classificar, seriar e enumerar.

O estágio da Inteligência formal, aproximadamente dos 11 ou 12 anos de idade em diante, envolve operações mentais sobre abstrações e símbolos que podem não ter formas concretas ou físicas. Além do mais, as crianças começam a compreender algumas coisas que elas mesmas não tinham experimentado diretamente. Durante o estágio de operações concretas, elas começam a ser capazes de ver a perspectiva dos outros, se a perspectiva alternativa pode ser manipulada concretamente. Por exemplo, elas podem imaginar como outra criança pode ver uma cena (por exemplo, a pintura de uma cidade) quando sentam em lados opostos de uma mesa onde a cena é exibida. Durante as operações formais, entretanto, finalmente elas são completamente capazes de adotar outras perspectivas além das suas próprias, mesmo quando não estão trabalhando com objetos concretos. Além disso, no estágio de operações formais, as pessoas procuram intencionalmente criar uma representação mental sistemática das situações com as quais se deparam.
















Fontes :  Pinto, Ana Filipa. A Matemática na sala dos 4 anos: Diferentes contextos da aprendizagem da matemática.2013.
              Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich
              TREVISO, Vanessa Cristina. As relações sociais para Jean Piaget: implicações para a educação escolar. 2013. 73 f. 
              Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2013

           

sábado, 5 de novembro de 2016

Correntes da Geografia


No período de transição compreendido entre o final do século  XIX e começos do século XX, damos conta de uma mudança nas propostas do conhecimento geográfico. A partir de 1870, a geografia encontrava-se em crise, pois existia uma séria ameaça na integração global do conhecimento geográfico dentro de outras ciências. A geografia do século XX tenta dar soluções à reformulação do conhecimento geográfico de tal forma que consolida-se, impedindo que a geografia seja absorvida por outras ciências.
Dentro desta Geografia clássica podemos distinguir várias correntes:

  •       O determinismo positivista
  •      O possibilismo ou regionalismo
  •      O anarquismo
  •      A  geografia quantitativa
  •      A geografia do comportamento e da percepção
  •      A geografia radical
  •      A  geografia humanista


Determinismo positivista

Foi o primeiro paradigma a caracterizar a geografia que emerge no final do século XIX. Existem dois focos fundamentais, um na Alemanha com Ratzel e outro nos Estados Unidos com William Morris Davis.
No que diz respeito a Ratzel, cabe dizer que foi a figura mais destacada da escola alemã. Na Alemanha a Geografia existia em quase todas as universidades como especialidade independente, graças a uma longa tradição geográfica nesta área do continente europeu. Ratzel quis fundir a corrente positivista com a necessidade de uma geografia (física e humana) que permitisse ao pensamento geográfico ter uma unidade dentro do campo da ciência, onde desempenharia um papel de ciência, ponte entre as ciências da natureza e o estudo do homem.

O possibilismo ou regionalismo

A corrente filosófica do possibilismo afirma que a natureza dá ao homem uma larga “montra” de possibilidades, (não o determina, não marca uma única possibilidade na sua forma de ser e de actuar), se pode ou não, conseguir benefícios, de acordo com o grupo social em que está inserido. Trata-se de uma abordagem históricista, em que o homem é um agente activo da paisagem, que modelou e modificou a natureza ao longo do tempo. O principal impulsionador destas teorias foi Paul Vidal da Blache.  Este investigador foi qualificado como o fundador da geografia Moderna, em seu sentido corporativista, à que chegou por uma via indirecta, já que inicialmente era historiador. A sua formação permitiu-lhe repensar a geografia de tal forma que reconciliava os geógrafos com os historiadores, pois segundo os seus pontos de vista, o homem estabelece relacionamentos com o meio através do seu legado histórico e dos objectivos afixados pelo grupo a que pertence ,dentro de um enquadramento regional.

O Anarquismo

Os geógrafos anarquistas propõem um novo modelo social integral, que esteja em harmonia com a natureza. Na maioria, a suas concepções são deterministas, embora, em ocasiões, recorrem ao chamado “darwinismo social”, isto é aplicar as teorias de Darwin sobre a evolução e organização das espécies naturais à humanidade. Propõem um estudo geográfico mediante um método indutivo, isto é partindo da observação particular da qual pode-se chegar a princípios gerais. Por outro lado têm uma convicção perante a solidariedade, sociabilidade entre os homens. Preocupam-se pela didáctica da Geografia e pelos temas concretos do momento histórico em que vivem, neste sentido, sentem-se mais sensíveis aos efeitos ambientais e ecológicos do desenvolvimento industrial , inclusive, chegam a realizar propostas de ordenamento do território.

A Geografia Quantativista

Na origem e desenvolvimento da geografia quantitativa, as ideias provenientes do neopossitivismo tiveram grande importância. Estas ideias caracterizam-se por uma tendência ao empirismo junto a um grande interesse pela lógica e pelas matemáticas. Diferencia-se do positivismo pela sua rejeição à interpretação determinista e casual entre o relacionamento dos fenómenos. O resultado fundamental da extensão destas ideias foi a rejeição dos métodos qualitativos no mundo da ciência, generalizando-se em todos os ramos do saber os métodos  quantitativos, que aparecem  devido ao  grande avanço e desenvolvimento nas tecnologias  do tratamento da informação(computadores); bem como pelo aparecimento dos novos enquadramentos teóricos conceptuais; a teoria geral de sistemas, a Teoria da Informação e da Comunicação, a Teoria da Decisão, a Teoria Heurística.
Neste enquadramento nasce a nova geografia, isto é, a geografia quantitativa. Em primeiro lugar, põe-se em questão a ideia consensualmente aceitada , dentro da comunidade científica de geógrafos sobre o conceito de região. Negando-se a região como objecto da geografia, e afirmando que não serve para formular leis com carácter geral. Os modelos quantativistas evoluirão, aplicando o conceito de probabilidade para o desenvolvimento dos mesmos. Assim, os geógrafos quantativistas procuram  desta forma encontrar uma ordem espacial, semelhante ao que existe na natureza de tal forma que fazem desaparecer os conceitos “espaço-temporais”.

A geografia do comportamento e da percepção

A Geografia do comportamento está também relacionada com a anterior “Geografia cultural, e com o conceito de região de Vidal da Blache, bem como os trabalhos de Sauer. Pode ser dito que no desenvolvimento desta corrente geográfica tiveram grande influência as propostas da escola de Chicago sobre urbanismo.
A Geografia da percepção critica os orçamentos positivistas e cientifistas, demonstrando a pobreza dos modelos teóricos da geografia analítica. Para os seguidores desta corrente, chegou a hora de analisar o comportamento do homem individual no espaço.
A Geografia do Comportamento e a Percepção terá como temas de análises preferenciais todos aqueles que estejam relacionados com o espaço vivido, é o caso das catástrofes
naturais, das condições climáticas do espaço onde se habita, a avaliação dos recursos, a paisagem, o comportamento espacial na cidade, o atractivo residencial dos diferentes países e dos diferentes bairros dentro de uma mesma cidade, etc...


A Geografia Radical

Com respeito à Geografia Radical há que dizer que dentro desta proposta crítica encontramos também diferenças quanto às posições, sendo umas mais radicais que outras. O descontentamento sobre as propostas quantitativas está apoiado pelos problemas reais existentes na América do Norte, onde surgiu esta corrente. Assim os geógrafos radicais norte-americanos começam por propor problemas como o deterioramento ecológico, a segregação racial nas cidades, a guerra do Vietname, a descoberta da miséria e da injustiça social na sociedade norte-americana, e tomam plena consciência de pertencer a um país imperialista, caracterizado por ser o maior explorador a nível mundial.

O movimento Radical crítico começará a dar-se a conhecer entre a comunidade científica norte-americana, através da realização de revistas de divulgação científica como “Radical Journal of Geography” e sobretudo, a revista “Antipode”, como órgão fundamental do movimento radical na Geografia. Contudo em 1969 a já configurada  “Association of American Geographers” de Ann Arbor,  desenvolveu uma importante função. 
Todos os investigadores indicaram que esta Geografia Radical, é uma geografia de esquerdas, que procura entre os seus objectivos, uma sociedade equitativa, onde desapareçam de uma vez por todas a miséria e a injustiça nas suas diversas formas, e que permita conseguir de modo geral, uma sociedade mais livre.

A  Geografia Humanista

Com respeito à Geografia Humanista, cabe dizer que esta corrente do pensamento actual da geografia teve o seu máximo esplendor na década de setenta, sendo que  hoje em dia é uma das tendências com mais força na Europa. Esta geografia Humanista ou Humanística como também a qualificam, apoia-se na filosofia fenomenológica, bem como no existencialismo e em alguns escritos de Marx e de neomarxistas como Lukass e Marcuse. No entanto, também influi na concepção do movimento humanista geográfico, as ideias e as posições precedentes dos movimentos sociais. A Geografia Humanística critica as propostas neopositivistas propondo alternativas válidas, unidas e com carácter de Ciência Social da Geografia. Pois o quantativismo possui um carácter dogmático e ditatorial, dando uma visão muito restritiva do ser humano. Poderá  afirmar-se que as propostas humanistas voltam a interessar-se pela Geografia Regional francesa de Vidal da Blache, no sentido em que muitos destes autores da Geografia Humanista tentarão conhecer a evolução dos fenómenos, que nos permitem conhecer o mundo real.






Fonte:  Adaptado de  GODOY, Paulo Roberto Teixeira. História do pensamento geográfico e epistemologia em geografia. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010

sábado, 29 de outubro de 2016

Threshold Concept

Um conceito de limiar pode ser considerado como semelhante a um portal, abrindo um caminho novo e anteriormente inacessíveis de pensar sobre algo. Ele representa uma forma transformada de entendimento, ou interpretação, ou visualizar algo sem o qual o aluno não pode progredir. Como consequência de compreender um conceito limite não pode, assim, ser uma visão transformada interna do assunto, paisagem assunto, ou mesmo visão de mundo.

Esta transformação pode ser súbito ou pode ser adiada por um período considerável de tempo, com a transição para a compreensão provar problemático. Tal visão transformada ou paisagem pode representar como as pessoas "pensam" numa disciplina em particular, ou como elas percebem, apreendem, ou experimentam fenómenos particulares ( ou mais gerais) dentro de uma disciplina ". (Meyer and Land, 2003)

Um conceito de limiar é susceptível de ser: Transformador, em que, uma vez compreendido, o seu efeito potencial sobre a aprendizagem dos alunos e comportamento, é ocasionar uma mudança significativa na percepção de um tema, ou parte do mesmo.
Provavelmente irreversível, a mudança de perspectiva ocasionada pela aquisição de um conceito de limiar é improvável de ser esquecido, ou venham a ser desaprendida apenas por um esforço considerável.

Possivelmente, muitas vezes (embora não necessariamente sempre) delimitada em que qualquer espaço conceptual terá fronteiras terminais, na fronteira com limiares em novas áreas conceituais
Potencialmente (e possivelmente inerentemente) problemático será os conceitos limiares, podem muitas vezes revelar-se uma problemática ou "problemático" e liminar para os alunos. O estado liminar é o ponto em que muitos alunos podem 'ficar presos'.


conceitos exemplo :


número complexo, limite (matemática)


Significação (estudos literários e culturais)


custo de oportunidade (economia)


Modos de avaliação, que poderiam identificar fontes de dificuldade conceptual, no ponto e hora em que eles são experientes, poderiam ser usados para oferecer formas votos de apoio ao aluno.


Podemos afastar-se de regimes de avaliação tradicionais em que um estudante pode produzir a resposta "certa", mantendo equívocos fundamentais.









FONTES:

- SOUTHERN UNIVERSITY – EAST LISMORE - AUSTRALIA

http://scu.edu.au/teachinglearning/index.php/93

- Threshold Concepts in Practice (2016) Edited by Ray Land, Jan H. F. Meyer 


sábado, 22 de outubro de 2016

Aula Transmissiva vs Aula Construtiva

As salas de aula construtivistas devem proporcionar um ambiente onde os estudantes confrontam-se com problemas cheios de significado porque estão vinculados ao contexto de sua vida real. Resolvendo estes problemas, os estudantes são encorajados a explorar possibilidades, inventar soluções alternativas, colaborar com outros estudantes ou especialistas externos), tentar novas ideias e hipóteses, revisar seus pensamentos e finalmente apresentar a melhor solução que eles puderam encontrar. Esta abordagem contrasta com as salas de aula behavioristas, onde os estudantes estão passivamente envolvidos em receber toda a informação necessária a partir do professor e do livro texto. Ao invés de inventar soluções e construir o conhecimento durante este processos, os estudantes são ensinados a procurar a "resposta certa" segundo o método do professor. Segundo esta ideia, os estudantes não precisam nem verificar se o método usado na solução dos problemas tem sentido.

Características das Salas de Aula Tradicional versus Construtivista

Sala de aula Tradicional
Sala de aula Construtivista
O currículo é apresentado das partes para o todo, com ênfase nas habilidades básicas
O currículo é apresentado do todo para as partes, com ênfase nos conceitos gerais
O seguimento rigoroso do currículo pré-estabelecido é altamente valorizado
A procura das respostas às questões levantadas pelos alunos é altamente valorizada
As actividades curriculares baseiam-se fundamentalmente em livros texto e de exercícios.
As actividades baseiam-se em fontes primárias de dados e materiais 
manipuláveis.
Os estudantes são vistos como "tábulas rasas" sobre as quais a informação é impressa.
Os estudantes são vistos como pensadores com teorias emergentes sobre o mundo
Os professores geralmente comportam-se de uma maneira didácticamente adequada, disseminando informações aos estudantes
[ "Um sábio sobre o palco"]
Os professores geralmente comportam-se 
de maneira interactiva, mediante o 
 ambiente criado pelos estudantes.
["Um guia ao lado"]
O professor procura as respostas correctas para validar a aprendizagem
O professor procura ir ao encontro dos pontos de vista dos estudantes para 
 entender seus conceitos presentes 
para usá-los nas aulas seguintes.
Avaliação da aprendizagem é vista como separada do ensino e ocorre, quase que totalmente, através de testes
Avaliação da aprendizagem está 
interligada ao ensino e ocorre através da observação do professor sobre o trabalho 
dos estudantes
Estudantes trabalham fundamentalmente sozinhos
Estudantes trabalham fundamentalmente 
em grupos
jogos_matematicos.jpg (350×260)
Escola+Tradicional+2.jpg (291×173)










BROOKS e BROOKS (apud DOWLING, 1995)


sábado, 15 de outubro de 2016

Educação Ambiental e a Geografia


Educação Ambiental não significa apenas ensinar e aprender o ambiente. As questões ambientais são bastante complexas e fazem parte do conjunto de desafios contemporâneos, e cabe a cada um de nós o papel fundamental de contribuir para a mitigação dos problemas ambientais. Dentro deste contexto a Educação Ambiental é reconhecida como uma peça-chave para a construção de um desenvolvimento sustentável. O conceito de Educação Ambiental tem vindo a evoluir ao longo do tempo, passando de uma visão apenas naturalista e antropocêntrica para um conceito muito mais alargado e abrangente, envolvendo outras dimensões para além da ecologia.

Um dos grandes desafios que se coloca ao cidadão do século XXI consiste na preservação do ambiente, sendo cada vez mais assumida a necessidade de salvaguarda da equidade entre gerações, assente num modelo de desenvolvimento sustentável. A nível internacional, estas preocupações tiveram eco nas múltiplas cimeiras  que têm vindo a realizar-se das quais resultaram importantes resoluções, nem sempre cumpridas, tais como: a Convenção sobre Mudanças Climáticas, a Convenção sobre a Diversidade Biológica, o que tem contribuído para a identificação de problemas e para o desenvolvimento de uma consciência ambiental cada vez mais abrangente.

O objectivo da Educação Ambiental para a sustentabilidade consiste na promoção de valores, na mudança de atitudes e de comportamentos face ao ambiente, de forma a preparar os jovens para o exercício de uma cidadania consciente, dinâmica e informada face às problemáticas ambientais actuais. Para o efeito, pretende-se que os alunos aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e avaliar a realidade envolvente, para formular e debater argumentos, para sustentar posições e opções, capacidades fundamentais para a participação activa na tomada de decisões fundamentadas, numa sociedade democrática, face aos efeitos das actividades humanas sobre o ambiente. Com o principal objectivo de promover a adopção de comportamentos e atitudes ambientalmente sustentáveis. Assim, Educação ambiental significa elaborar projectos, fazer acções, definir soluções, num esforço conjunto e convergente em que toda a sociedade é, sem excepção, responsável. 

Educação ambiental é um processo de educação responsável por formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que procurem a conservação e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade, considerando a temática de forma holística, ou seja, abordando os seus aspectos económicos, sociais, políticos, ecológicos e éticos. Dessa forma, ela não deve ser confundida com ecologia, sendo, esta, apenas um dos inúmeros aspectos relacionados à questão ambiental. A Geografia Ambiental dedica-se ao estudo dos efeitos das acções do homem sobre o ambiente terrestre, estuda mudanças climáticas globais, aumento do nível dos oceanos, desflorestação, processos de desertificação, poluição dos rios, lagos e, entre outros efeitos no ambiente.

No caso específico do ensino da Geografia, a Educação Ambiental tem sido apresentada e debatida a partir do olhar sobre as questões sociais, políticas, económicas e culturais, levando em consideração a realidade actual e a urgência da sensibilização e formação de uma consciência sensível à garantia da sobrevivência da humanidade. Deste modo, verifica-se que na Geografia Escolar os trabalhos de Educação Ambiental têm sido desenvolvidos de diversas formas: por meio de projectos que visam à conservação, formas de evitar o desperdício, na manutenção da limpeza e de higiene do espaço escolar e da comunidade de forma geral; como também em aulas, através da explicação de conteúdos relacionados com o ambiente, leituras e análises de textos, análise de documentários, exercícios escritos e da realização de actividades prácticas; e extra-curriculares, através da realização de saídas de campo, visitas de estudo,entre outras.

Concluindo, a disciplina possibilita que os alunos reflictam sobre a "educação ambiental",para que as mudanças ocorram e, através dela, a transformação do aluno na sua forma de pensar e agir sobre o ambiente.





Referência Bibliográfica

Baseado em: Aigner, Carlos Henrique de Oliveira (2002) Alfabetização em geografia e educação ambiental : contribuição a cidadania em escolas voltadas à educação popular

sábado, 8 de outubro de 2016

A Disciplina Geografia


O ensino de geografia nos primeiros anos de contacto com a vida escolar , fornece um conjunto de ferramentas  para que uma criança consiga aperceber-se do seu lugar, uma dessas ferramentas poderá ser a apreensão da paisagem que ela pode observar. Aprender a  relacionar-se socialmente com outras pessoas de diferentes faixas etárias, ampliando a noção de espaço. A procura  da organização das suas experiências e expectativas para com o território em que vive, será futuramente importante no seu processo de crescimento intelectual.

O estudo da geografia proporciona um nível de conhecimento sobre o lugar em que se vive, sendo possível fazer relações com outros lugares, pois os indivíduos ( “crianças”),  convivem com diferentes ambientes (familiar e escolar), questionam e apresentam suas próprias concepções sobre o seu espaço, natureza e a sociedade.

A disciplina Geografia, será a mais adequada, para se abordar conceitos de espaço, lugar, paisagem, território e dar a conhecer o seu significado. 

Os livros são também parte essencial no ensino da geografia , pois apresentam, além de informações precisas, imagens para leitura e exploração. Os mapas com representação de cidades e/ou países,ou outras temáticas que se pretenda abordar . Esses recursos podem ser usados em diferentes situações na sala de aula ou em ambientes abertos (por meio de desenhos e representações do real), assim como na organização destes recursos com ferramentas tecnológicas.

Partindo do pressuposto que a criança precisa aprender a ler, é levado em conta de que a leitura é antes de tudo, um objecto de ensino, é preciso ser sentido do ponto de vista do aluno. É preciso garantir condições para que as crianças aprendam os significados das palavras e das imagens. A linguagem por imagens e por desenhos é uma forma de comunicação que pode ser estimulada desde os primeiros anos de escola.

A imagem podem ser uma ferramenta fundamental para comunicar uma mensagem, e pode completar o sentido do texto verbal ou escrito, estimulando o estudante a activar o conhecimento prévio, mesmo que no nível do senso comum.


sábado, 1 de outubro de 2016

Didática da Geografia : o Inicio


A minha espectativa para com esta unidade curricular, será de entender  o que deve ser o ensino da geografia, e qual a sua finalidade no percurso escolar de um aluno.
O que se deve ensinar na disciplina de geografia ?
Como ensinar?,  “técnicas” de ensino?, que conceitos?, conteúdos e metodologias são utlizados para se ensinar geografia? – são algumas das questões me despertam maior curiosidade em saber o que são, e como se utilizam.

Refletir sobre a  geografia que deve ser ensinada nas escolas, os diferentes processos de ensino e aprendizagem,  a importancia de ensinar geografia, como ensinar geografia, e porque ensinamos geografia e a sua finalidade.

Esta unidade curricular desde inicio tem despertado em mim muita curiosidade em perceber o que é e que mais posso descobrir , parece ser uma unidade curricular  interessante e importante, não só pela forma de como é leccionada bem como os conteudos que têm vindo ser  abordados, que tornam a curiosidade e o interesse sobre o que será esta disciplina ainda maiores.