sábado, 29 de outubro de 2016

Threshold Concept

Um conceito de limiar pode ser considerado como semelhante a um portal, abrindo um caminho novo e anteriormente inacessíveis de pensar sobre algo. Ele representa uma forma transformada de entendimento, ou interpretação, ou visualizar algo sem o qual o aluno não pode progredir. Como consequência de compreender um conceito limite não pode, assim, ser uma visão transformada interna do assunto, paisagem assunto, ou mesmo visão de mundo.

Esta transformação pode ser súbito ou pode ser adiada por um período considerável de tempo, com a transição para a compreensão provar problemático. Tal visão transformada ou paisagem pode representar como as pessoas "pensam" numa disciplina em particular, ou como elas percebem, apreendem, ou experimentam fenómenos particulares ( ou mais gerais) dentro de uma disciplina ". (Meyer and Land, 2003)

Um conceito de limiar é susceptível de ser: Transformador, em que, uma vez compreendido, o seu efeito potencial sobre a aprendizagem dos alunos e comportamento, é ocasionar uma mudança significativa na percepção de um tema, ou parte do mesmo.
Provavelmente irreversível, a mudança de perspectiva ocasionada pela aquisição de um conceito de limiar é improvável de ser esquecido, ou venham a ser desaprendida apenas por um esforço considerável.

Possivelmente, muitas vezes (embora não necessariamente sempre) delimitada em que qualquer espaço conceptual terá fronteiras terminais, na fronteira com limiares em novas áreas conceituais
Potencialmente (e possivelmente inerentemente) problemático será os conceitos limiares, podem muitas vezes revelar-se uma problemática ou "problemático" e liminar para os alunos. O estado liminar é o ponto em que muitos alunos podem 'ficar presos'.


conceitos exemplo :


número complexo, limite (matemática)


Significação (estudos literários e culturais)


custo de oportunidade (economia)


Modos de avaliação, que poderiam identificar fontes de dificuldade conceptual, no ponto e hora em que eles são experientes, poderiam ser usados para oferecer formas votos de apoio ao aluno.


Podemos afastar-se de regimes de avaliação tradicionais em que um estudante pode produzir a resposta "certa", mantendo equívocos fundamentais.









FONTES:

- SOUTHERN UNIVERSITY – EAST LISMORE - AUSTRALIA

http://scu.edu.au/teachinglearning/index.php/93

- Threshold Concepts in Practice (2016) Edited by Ray Land, Jan H. F. Meyer 


sábado, 22 de outubro de 2016

Aula Transmissiva vs Aula Construtiva

As salas de aula construtivistas devem proporcionar um ambiente onde os estudantes confrontam-se com problemas cheios de significado porque estão vinculados ao contexto de sua vida real. Resolvendo estes problemas, os estudantes são encorajados a explorar possibilidades, inventar soluções alternativas, colaborar com outros estudantes ou especialistas externos), tentar novas ideias e hipóteses, revisar seus pensamentos e finalmente apresentar a melhor solução que eles puderam encontrar. Esta abordagem contrasta com as salas de aula behavioristas, onde os estudantes estão passivamente envolvidos em receber toda a informação necessária a partir do professor e do livro texto. Ao invés de inventar soluções e construir o conhecimento durante este processos, os estudantes são ensinados a procurar a "resposta certa" segundo o método do professor. Segundo esta ideia, os estudantes não precisam nem verificar se o método usado na solução dos problemas tem sentido.

Características das Salas de Aula Tradicional versus Construtivista

Sala de aula Tradicional
Sala de aula Construtivista
O currículo é apresentado das partes para o todo, com ênfase nas habilidades básicas
O currículo é apresentado do todo para as partes, com ênfase nos conceitos gerais
O seguimento rigoroso do currículo pré-estabelecido é altamente valorizado
A procura das respostas às questões levantadas pelos alunos é altamente valorizada
As actividades curriculares baseiam-se fundamentalmente em livros texto e de exercícios.
As actividades baseiam-se em fontes primárias de dados e materiais 
manipuláveis.
Os estudantes são vistos como "tábulas rasas" sobre as quais a informação é impressa.
Os estudantes são vistos como pensadores com teorias emergentes sobre o mundo
Os professores geralmente comportam-se de uma maneira didácticamente adequada, disseminando informações aos estudantes
[ "Um sábio sobre o palco"]
Os professores geralmente comportam-se 
de maneira interactiva, mediante o 
 ambiente criado pelos estudantes.
["Um guia ao lado"]
O professor procura as respostas correctas para validar a aprendizagem
O professor procura ir ao encontro dos pontos de vista dos estudantes para 
 entender seus conceitos presentes 
para usá-los nas aulas seguintes.
Avaliação da aprendizagem é vista como separada do ensino e ocorre, quase que totalmente, através de testes
Avaliação da aprendizagem está 
interligada ao ensino e ocorre através da observação do professor sobre o trabalho 
dos estudantes
Estudantes trabalham fundamentalmente sozinhos
Estudantes trabalham fundamentalmente 
em grupos
jogos_matematicos.jpg (350×260)
Escola+Tradicional+2.jpg (291×173)










BROOKS e BROOKS (apud DOWLING, 1995)


sábado, 15 de outubro de 2016

Educação Ambiental e a Geografia


Educação Ambiental não significa apenas ensinar e aprender o ambiente. As questões ambientais são bastante complexas e fazem parte do conjunto de desafios contemporâneos, e cabe a cada um de nós o papel fundamental de contribuir para a mitigação dos problemas ambientais. Dentro deste contexto a Educação Ambiental é reconhecida como uma peça-chave para a construção de um desenvolvimento sustentável. O conceito de Educação Ambiental tem vindo a evoluir ao longo do tempo, passando de uma visão apenas naturalista e antropocêntrica para um conceito muito mais alargado e abrangente, envolvendo outras dimensões para além da ecologia.

Um dos grandes desafios que se coloca ao cidadão do século XXI consiste na preservação do ambiente, sendo cada vez mais assumida a necessidade de salvaguarda da equidade entre gerações, assente num modelo de desenvolvimento sustentável. A nível internacional, estas preocupações tiveram eco nas múltiplas cimeiras  que têm vindo a realizar-se das quais resultaram importantes resoluções, nem sempre cumpridas, tais como: a Convenção sobre Mudanças Climáticas, a Convenção sobre a Diversidade Biológica, o que tem contribuído para a identificação de problemas e para o desenvolvimento de uma consciência ambiental cada vez mais abrangente.

O objectivo da Educação Ambiental para a sustentabilidade consiste na promoção de valores, na mudança de atitudes e de comportamentos face ao ambiente, de forma a preparar os jovens para o exercício de uma cidadania consciente, dinâmica e informada face às problemáticas ambientais actuais. Para o efeito, pretende-se que os alunos aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e avaliar a realidade envolvente, para formular e debater argumentos, para sustentar posições e opções, capacidades fundamentais para a participação activa na tomada de decisões fundamentadas, numa sociedade democrática, face aos efeitos das actividades humanas sobre o ambiente. Com o principal objectivo de promover a adopção de comportamentos e atitudes ambientalmente sustentáveis. Assim, Educação ambiental significa elaborar projectos, fazer acções, definir soluções, num esforço conjunto e convergente em que toda a sociedade é, sem excepção, responsável. 

Educação ambiental é um processo de educação responsável por formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que procurem a conservação e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade, considerando a temática de forma holística, ou seja, abordando os seus aspectos económicos, sociais, políticos, ecológicos e éticos. Dessa forma, ela não deve ser confundida com ecologia, sendo, esta, apenas um dos inúmeros aspectos relacionados à questão ambiental. A Geografia Ambiental dedica-se ao estudo dos efeitos das acções do homem sobre o ambiente terrestre, estuda mudanças climáticas globais, aumento do nível dos oceanos, desflorestação, processos de desertificação, poluição dos rios, lagos e, entre outros efeitos no ambiente.

No caso específico do ensino da Geografia, a Educação Ambiental tem sido apresentada e debatida a partir do olhar sobre as questões sociais, políticas, económicas e culturais, levando em consideração a realidade actual e a urgência da sensibilização e formação de uma consciência sensível à garantia da sobrevivência da humanidade. Deste modo, verifica-se que na Geografia Escolar os trabalhos de Educação Ambiental têm sido desenvolvidos de diversas formas: por meio de projectos que visam à conservação, formas de evitar o desperdício, na manutenção da limpeza e de higiene do espaço escolar e da comunidade de forma geral; como também em aulas, através da explicação de conteúdos relacionados com o ambiente, leituras e análises de textos, análise de documentários, exercícios escritos e da realização de actividades prácticas; e extra-curriculares, através da realização de saídas de campo, visitas de estudo,entre outras.

Concluindo, a disciplina possibilita que os alunos reflictam sobre a "educação ambiental",para que as mudanças ocorram e, através dela, a transformação do aluno na sua forma de pensar e agir sobre o ambiente.





Referência Bibliográfica

Baseado em: Aigner, Carlos Henrique de Oliveira (2002) Alfabetização em geografia e educação ambiental : contribuição a cidadania em escolas voltadas à educação popular

sábado, 8 de outubro de 2016

A Disciplina Geografia


O ensino de geografia nos primeiros anos de contacto com a vida escolar , fornece um conjunto de ferramentas  para que uma criança consiga aperceber-se do seu lugar, uma dessas ferramentas poderá ser a apreensão da paisagem que ela pode observar. Aprender a  relacionar-se socialmente com outras pessoas de diferentes faixas etárias, ampliando a noção de espaço. A procura  da organização das suas experiências e expectativas para com o território em que vive, será futuramente importante no seu processo de crescimento intelectual.

O estudo da geografia proporciona um nível de conhecimento sobre o lugar em que se vive, sendo possível fazer relações com outros lugares, pois os indivíduos ( “crianças”),  convivem com diferentes ambientes (familiar e escolar), questionam e apresentam suas próprias concepções sobre o seu espaço, natureza e a sociedade.

A disciplina Geografia, será a mais adequada, para se abordar conceitos de espaço, lugar, paisagem, território e dar a conhecer o seu significado. 

Os livros são também parte essencial no ensino da geografia , pois apresentam, além de informações precisas, imagens para leitura e exploração. Os mapas com representação de cidades e/ou países,ou outras temáticas que se pretenda abordar . Esses recursos podem ser usados em diferentes situações na sala de aula ou em ambientes abertos (por meio de desenhos e representações do real), assim como na organização destes recursos com ferramentas tecnológicas.

Partindo do pressuposto que a criança precisa aprender a ler, é levado em conta de que a leitura é antes de tudo, um objecto de ensino, é preciso ser sentido do ponto de vista do aluno. É preciso garantir condições para que as crianças aprendam os significados das palavras e das imagens. A linguagem por imagens e por desenhos é uma forma de comunicação que pode ser estimulada desde os primeiros anos de escola.

A imagem podem ser uma ferramenta fundamental para comunicar uma mensagem, e pode completar o sentido do texto verbal ou escrito, estimulando o estudante a activar o conhecimento prévio, mesmo que no nível do senso comum.


sábado, 1 de outubro de 2016

Didática da Geografia : o Inicio


A minha espectativa para com esta unidade curricular, será de entender  o que deve ser o ensino da geografia, e qual a sua finalidade no percurso escolar de um aluno.
O que se deve ensinar na disciplina de geografia ?
Como ensinar?,  “técnicas” de ensino?, que conceitos?, conteúdos e metodologias são utlizados para se ensinar geografia? – são algumas das questões me despertam maior curiosidade em saber o que são, e como se utilizam.

Refletir sobre a  geografia que deve ser ensinada nas escolas, os diferentes processos de ensino e aprendizagem,  a importancia de ensinar geografia, como ensinar geografia, e porque ensinamos geografia e a sua finalidade.

Esta unidade curricular desde inicio tem despertado em mim muita curiosidade em perceber o que é e que mais posso descobrir , parece ser uma unidade curricular  interessante e importante, não só pela forma de como é leccionada bem como os conteudos que têm vindo ser  abordados, que tornam a curiosidade e o interesse sobre o que será esta disciplina ainda maiores.